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Como ocorre a quebra espontânea do vidro temperado

O vidro temperado é cinco vezes mais resistente que o vidro float. Isso porque, em seu processo de fabricação, o material é aquecido a altas temperaturas e depois resfriado bruscamente, e este choque térmico altera suas características. Assim, além de mais resistente contra impactos mecânicos, o vidro temperado torna-se também mais resistente a choques térmicos. Entretanto, podem ocorrer quebras espontâneas do vidro temperado, mesmo sem algum choque mecânico. O vidro temperado é considerado um vidro de segurança e essa situação é rara, mas mesmo que ocorra, o vidro fragmenta-se em pedaços não cortantes. Saiba quais são os motivos que podem deixar o vidro temperado mais vulnerável e até causar uma quebra espontânea.

 

Reação termoquímica

 

A massa do vidro float, que é aquecida e resfriada para formar o vidro temperado, pode conter a presença de algumas partículas muito pequenas, invisíveis, chamadas sulfeto de níquel. Vestígios dessa molécula em contato com o sol podem ativar um processo de tensão causada por este aquecimento, podendo fazer o vidro rachar ou quebrar. O sulfato de níquel é difícil de ser identificado, mas através de um tratamento complementar à têmpera é possível eliminar partes dos vidros contaminados por essa molécula que pode levar à quebra e, consequentemente, provocar acidentes. O processo precisa, geralmente, ser contratado a parte pelo contratante que não deseja arriscar. 

 

Impacto mecânico

 

Mesmo sendo bastante resistente, o vidro temperado não é inquebrável. Ele continua tendo certa fragilidade e pode quebrar em impactos mais fortes, através de materiais densos e muito rígidos. Especialmente impactos nas bordas e cantos do vidro temperado podem provocar danos, mesmo não sendo intensos, pois o material possui uma vulnerabilidade maior nessas regiões. Quando ocorre uma trinca nas bordas ou cantos do vidro temperado, essa rachadura atinge uma área de compressão que faz com que o vidro se fragmente por inteiro. O dano pode até não ser detectado na hora do impacto, ficando oculto por um tempo e “de repente”, sem motivo aparente, o vidro quebra.

 

Instalações incorretas

 

Montagens mal feitas, assim como processos de armazenagem e manipulação inadequados, também podem provocar a quebra do vidro posteriormente por já estar mais sensibilizado com trincas não verificadas durante a instalação. Se o vidraceiro não segue todas as normas e cuidados nas instalações, como folgas e calços corretos para cada tipo de aplicação, por exemplo, com o constante impacto da abertura e fechamento do sistema, poderão haver quebras, colocando usuários em risco. A norma técnica da ABNT para vidros na construção civil é a 7.199, porém, ainda há normas para instalações específicas como box de vidro, envidraçamento de sacada e guarda-corpo. Outro cuidado que o vidraceiro precisa ter é com seus fornecedores, encomendando vidros de processadoras de confiança e credibilidade no mercado, que realizam testes e seguem as normas técnicas vigentes. A norma de vidro temperado é a ABNT NBR 14.698.

 

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